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AÇÕES DA CSNMINERACAO (CMIN3.SA): DESEMPENHO EM 2025, DRIVERS, MARCOS E RISCOS — O QUE OBSERVAR EM 2026?

Veja como o desempenho da CSN Mineração pode evoluir com as operações no Brasil, os riscos envolvidos e os fatores que devem orientar 2026.

Como a CSN Mineração atuou no Brasil em 2025?

Em 2025, a CSN Mineração (CMIN3.SA), subsidiária da Companhia Siderúrgica Nacional e uma das maiores mineradoras de ferro do Brasil, teve um ano estratégico em seu plano de internacionalização, com foco especial nas operações e investimentos no México. Este processo envolveu ações coordenadas para ampliar sua atuação comercial e logística fora do mercado brasileiro, especialmente em mercados consumidores de aço e minério de ferro da América do Norte.

O México, com sua posição geográfica estratégica, acesso aos Estados Unidos e sinais de crescimento no setor industrial, tem sido visto como um ponto-chave pelos executivos da CSN. Em 2025, diversos marcos foram atingidos, desde a formalização de parcerias logísticas até o avanço de contratos de fornecimento com empresas mexicanas. Números preliminares apontam que cerca de 12% das exportações da empresa foram destinadas ao México, um aumento relevante frente aos 8% registrados em 2024.

Além disso, a companhia avançou em acordos com operadoras ferroviárias e estudos de viabilidade para estruturas portuárias mexicanas, especialmente no Golfo do México, garantindo mais robustez à sua cadeia de distribuição. O esforço faz parte de uma estratégia maior de diversificação geográfica das receitas.

No entanto, o desempenho das ações (CMIN3.SA) na B3 sofreu com a volatilidade global do preço do minério de ferro, especialmente no segundo semestre de 2025. Essa oscilação afetou o EBITDA projetado, e o mercado respondeu com cautela. Apesar disso, os fundamentos operacionais, inclusive os impulsionados pela presença mexicana, mantiveram suporte aos múltiplos de valorização no médio prazo.

Outro destaque em 2025 foi a aprovação do programa “CSN Sustentável na América Latina”, que inclui metas de redução das emissões de carbono nas unidades exportadoras e reforço em práticas de ESG. no Brasil, a adaptação ao marco regulatório ambiental local foi vista como positiva, embora ainda represente custos crescentes no curto prazo.

Por fim, a performance da ação em 2025 acumulou oscilação próxima de +5,7% no ano, abaixo do Ibovespa, mas ainda superior à média das mineradoras de pequeno porte listadas na B3. A expectativa continua sendo de recuperação sustentada, especialmente se o ritmo de industrialização mexicana se confirmar.

Quais são os principais drivers e riscos em 2026?

Para 2026, os investidores da CSN Mineração (CMIN3.SA) devem acompanhar atentamente os drivers estruturais e os riscos emergentes relacionados às operações no Brasil e ao mercado global de minério de ferro. Vários fatores podem impactar decisivamente o desempenho das ações ao longo do período.

Drivers de valorização:

  • Demanda industrial mexicana: A continuidade do ciclo de crescimento industrial no Brasil deve manter o apetite por minério de ferro elevado. O impulso do reshoring, especialmente por empresas norte-americanas, favorece esse processo.
  • Expansões logísticas: Se implementadas com sucesso, as estruturas logísticas desenvolvidas em 2025 poderão garantir redução nos custos de transporte e maior agilidade no atendimento aos parceiros comerciais.
  • Melhoria no preço do minério: Caso o preço global do minério de ferro se recupere diante da demanda asiática, especialmente da China, os reflexos positivos serão sentidos nos resultados operacionais e no lucro líquido da mineradora.
  • Aumento da participação internacional: A CSN pode consolidar sua imagem de player regional no setor, abrindo portas para novas joint ventures em outros países da América Latina.

Riscos relevantes:

  • Instabilidade regulatória no Brasil: Mudanças políticas ou alterações na legislação ambiental mexicana podem impactar custos e cronogramas de projeto.
  • Volatilidade cambial: Com a CSN comercializando em diversas moedas (real, dólar e peso mexicano), a variação cambial pode afetar margens e fluxo de caixa.
  • Pressão nos preços globais: Uma desaceleração econômica global pode levar à queda no preço do minério e à redução da margem bruta.
  • Desafios logísticos persistentes: A dependência de infraestrutura mexicana ainda em desenvolvimento pode gerar gargalos em momentos de pico de demanda.

Adicionalmente, a CSN Mineração continuará sujeita à dinâmica de conjuntura chinesa, dado que parte significativa de sua produção segue sendo escoada para a Ásia. Uma retração significativa em Pequim poderia anular parte dos ganhos obtidos no mercado mexicano.

Outro risco latente envolve o endividamento da controladora CSN. Movimentos agressivos de alavancagem financeira para expansão regional podem tensionar as contas consolidadas do grupo, refletindo no valuation da subsidiária mineradora.

Portanto, em 2026 será crucial observar não apenas o desempenho financeiro, mas também a capacidade de execução da estratégia de internacionalização e os reflexos disso sobre os indicadores fundamentalistas da CMIN3.

"O principal benefício das ações é participar do sucesso de grandes empresas, mas o investidor deve estar disposto a aceitar o risco de mercado: quanto maior o potencial de ganho, maior a possibilidade de enfrentar períodos de perdas temporárias ou permanentes."

"O principal benefício das ações é participar do sucesso de grandes empresas, mas o investidor deve estar disposto a aceitar o risco de mercado: quanto maior o potencial de ganho, maior a possibilidade de enfrentar períodos de perdas temporárias ou permanentes."

Indicadores e marcos para acompanhar em 2026

Olhando para 2026, há indicadores-chave e marcos operacionais que os investidores precisam manter no radar ao analisar o desempenho da CSN Mineração e o comportamento das ações (CMIN3.SA) relacionadas ao mercado mexicano.

1. Volume de exportação para o México:

A meta projetada pelo mercado é que o México represente entre 15% e 18% das exportações totais da CSN Mineração em 2026. O acompanhamento trimestral desses volumes será essencial para avaliar a eficácia dos investimentos comerciais feitos no ano anterior.

2. Receita segmentada internacional:

Caso a receita com operações fora do Brasil, especialmente na América do Norte, ultrapasse a marca de R$ 4 bilhões, será um sinal importante de avanço da estratégia de diversificação de mercado e redução de exposição ao mercado doméstico.

3. EBITDA e margem bruta ajustada:

Com custos logísticos potencialmente menores decorrentes dos investimentos em infraestrutura mexicana, a expectativa é de aumento no EBITDA ajustado e uma margem bruta superior a 45%. Investidores devem acompanhar esses indicadores nos balanços trimestrais.

4. Parceiros locais e contratos de longo prazo:

A formalização de contratos firmes com empresas mexicanas de aço e cimento é um indicativo de estabilidade comercial e ganho de capacidade operativa. A divulgação de novas parcerias deverá ter reflexo direto no valuation da ação.

5. ESG e risco regulatório:

A adaptação aos marcos regulatórios ambientais do México deve gerar divulgação recorrente de indicadores ESG, inclusive metas e resultados. Qualquer ruptura com boas práticas pode causar desvalorização imediata das ações.

6. Guidance para 2027:

O guidance oficial para produção, CAPEX e distribuição de resultado que a CSN divulgará ao final de 2026 terá forte influência sobre as expectativas do mercado. A sinalização de continuidade na expansão latino-americana pode trazer revisão positiva de múltiplos de mercado.

Finalmente, a combinação de execução operacional, expansão internacional e precificação global do minério continuará ditando as perspectivas para CMIN3. Investidores bem informados tenderão a obter melhores retornos ao acompanhar esses gatilhos com atenção no próximo ciclo econômico.

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