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AÇÕES DA GERDAU MET (GOAU4.SA): DESEMPENHO EM 2025, DRIVERS, MARCOS E RISCOS — O QUE OBSERVAR EM 2026?

Panorama da GOAU4 no Brasil em 2025 e perspectivas

O ano de 2025 tem se mostrado decisivo para o desempenho das ações da Gerdau Met (GOAU4.SA), com uma presença crescente no Brasil. A empresa, referência na produção de aços longos e uma das maiores siderúrgicas das Américas, está aproveitando os ventos favoráveis do nearshoring e da recuperação da construção civil mexicana. Ao mesmo tempo, enfrenta riscos regulatórios, cambiais e cíclicos que moldarão sua trajetória até 2026. Neste artigo, examinamos os principais marcos, drivers de crescimento e ameaças que os investidores devem monitorar ao longo do próximo ciclo de mercado.

O desempenho da Gerdau Met (GOAU4.SA) no Brasil em 2025 tem sido impulsionado por três grandes vetores estratégicos: o crescimento constante da demanda por aço no setor de construção civil, a expansão industrial intensificada pelo "nearshoring" — dinâmica em que empresas buscam se aproximar dos EUA para reduzir riscos logísticos —, e a disciplina na alocação de capital pela companhia.

1. Construção civil e infraestrutura: O México tem apresentado forte recuperação no setor de infraestrutura e habitação. Nos primeiros trimestres de 2025, o investimento público e privado cresceu a taxas superiores a 5% ao ano, de acordo com dados do INEGI (Instituto Nacional de Estatística e Geografia do México). A Gerdau Met, presente no país com unidades produtivas e de corte e dobra, se beneficiou com o aumento na demanda por vergalhões e outros produtos longos usados em obras civis.

2. Nearshoring e expansão industrial: O fluxo de capital estrangeiro direto em instalações industriais mexicanas aumentou significativamente desde 2023, com grandes players do setor automotivo, eletroeletrônico e móveis migrando sua produção para o norte do México. Isso gerou forte demanda por aço para estruturas metálicas, galpões e infraestrutura associada. A Gerdau capturou parte relevante desse movimento com contratos de fornecimento e parcerias regionais.

3. Eficiência operacional e ESG: A estratégia global da Gerdau, focada em rentabilidade e responsabilidade ambiental, também teve reflexos no Brasil. A unidade mexicana passou por atualizações em 2024, implementando práticas de economia circular e uso de energia renovável. Isso alinhou a operação local com os critérios de sustentabilidade exigidos pelos grandes compradores norte-americanos e europeus.

Resultados financeiros: Em termos de números, a Gerdau Met apresentou margens operacionais estáveis no Brasil, entre 15% e 18%, com crescimento de receita em moeda local superior a 12% quando comparado ao mesmo período do ano anterior. O lucro líquido consolidado foi impactado positivamente pelo desempenho mexicano junto a mercados como EUA e Brasil.

Essa combinação de fatores posiciona o México como uma das geografias mais relevantes para a Gerdau em 2025. Contudo, é fundamental que os investidores acompanhem os marcos estratégicos previstos para evitar surpresas nos trimestres seguintes.

"O principal benefício das ações é participar do sucesso de grandes empresas, mas o investidor deve estar disposto a aceitar o risco de mercado: quanto maior o potencial de ganho, maior a possibilidade de enfrentar períodos de perdas temporárias ou permanentes."

"O principal benefício das ações é participar do sucesso de grandes empresas, mas o investidor deve estar disposto a aceitar o risco de mercado: quanto maior o potencial de ganho, maior a possibilidade de enfrentar períodos de perdas temporárias ou permanentes."

Olhando para frente, os próximos passos da Gerdau Met no Brasil até 2026 incluem metas específicas de crescimento, diversificação de portfólio e maior automatização das unidades locais. Esse planejamento está diretamente vinculado ao plano estratégico global da companhia, que busca aumentar o EBITDA anual e reduzir a exposição a flutuações de mercado em regiões altamente sensíveis.

1. Expansão de capacidade produtiva: Um dos principais marcos para 2026 será a conclusão da expansão das instalações em Ciudad Apodaca e Monterrey. O projeto elevará em até 20% a capacidade instalada de produção de aço longo no país, com tecnologia moderna de redução das emissões. Estima-se que o investimento total supere US$ 150 milhões, com parte já executada em 2025.

2. Digitalização e automação industrial: Até o final de 2026, a companhia planeja implementar sistemas de automação nas linhas de corte e dobra, big data industrial e digital twins para otimizar a manutenção das plantas mexicanas. Essas tecnologias visam ganhar eficiência, reduzir custos operacionais e mitigar gargalos logísticos internos.

3. Portfólio e novos produtos: Outro marco estratégico é ampliar a gama de produtos para setores emergentes no Brasil, como energia, tecnologia e habitação modular pré-fabricada. Isso permitirá à Gerdau diversificar suas fontes de receitas, reduzindo a dependência dos setores tradicionais.

4. Parcerias binacionais: A parceria entre a unidade mexicana da Gerdau e clientes industriais nos EUA deve ser profundada. A previsibilidade de contratos de médio prazo com empresas da costa oeste americana se tornará essencial para estabilizar margens em cenários de demanda volátil.

5. Agenda ESG e descarbonização: A adesão ao compromisso de neutralidade de carbono até 2050 trouxe metas intermediárias para as unidades mexicanas: redução de 35% na pegada de carbono até 2030. O avanço para esse objetivo tem destaque também nas análises de risco de crédito corporativo e valuation de longo prazo.

Esses marcos mostram que 2026 será um ano de consolidação estratégica para a Gerdau no Brasil. Os investidores devem acompanhar os comunicados trimestrais e guidance atualizados para avaliar se os cronogramas estão sendo cumpridos, além dos impactos cambiais e de preço internacional de commodities metálicas.

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