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AÇÕES DA SID NACIONAL (CSNA3.SA): DESEMPENHO EM 2025, DRIVERS, MARCOS E RISCOS — O QUE OBSERVAR EM 2026?

Quais os fatores que influenciaram a performance da CSNA3 no Brasil em 2025 e o que o investidor pode esperar em 2026?

Desempenho da CSNA3 no Brasil em 2025

A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), negociada sob o ticker CSNA3.SA, é uma das maiores siderúrgicas da América Latina. Em 2025, seu desempenho no mercado mexicano chamou a atenção de investidores, analistas e tomadores de decisão corporativa.

O crescimento da CSN no Brasil foi impulsionado, principalmente, pela estratégia de expansão internacional que a empresa iniciou entre 2020 e 2023, por meio de exportações diretas, parcerias com distribuidores locais e uma logística reforçada pela integração vertical de suas operações.

Em 2025, os principais drivers de receita no Brasil para a CSNA3 incluíram:

  • Alta demanda por aço plano na indústria automotiva mexicana;
  • Investimentos em infraestrutura incentivados pelo governo Andrés Manuel López Obrador, antes de sua sucessão presidencial;
  • Dólar fortalecido, favorecendo exportações de aço brasileiro ao mercado externo;
  • Redução de concorrência após redução de importações de aço chinês devido a novas tarifas mexicanas em 2024.

Além disso, a cotação da ação CSNA3 foi beneficiada pelo aumento dos preços internacionais do minério de ferro — produto em que a CSN também é uma forte exportadora pela sua subsidiária CSN Mineração S.A..

Em termos de resultado, analistas projetaram um crescimento de receita acima de 7% na operação internacional em 2025, com o México respondendo por uma fatia relevante, embora ainda inferior ao mercado doméstico brasileiro.

No entanto, o desempenho da companhia também enfrentou pressões, como custos logísticos ampliados, adaptação regulatória ao mercado mexicano, e desafios cambiais relacionados ao peso mexicano (MXN) frente ao real (BRL).

Principais drivers e marcos da CSNA3 em 2026

Observando o cenário para 2026, a CSN deverá enfrentar desafios relevantes para manter ou expandir sua presença no Brasil. Com a mudança de governo mexicano e a potencial revisão de políticas industriais e comerciais, os investidores devem atentar-se a diversos drivers estratégicos e marcos regulatórios.

Dentre os principais catalisadores para o desempenho da CSNA3 no Brasil em 2026, destacam-se:

  • Nova política industrial do governo eleito em 2024, que pode alterar subsídios e incentivos ao setor siderúrgico local;
  • Continuação do nearshoring por parte de indústrias norte-americanas para o México, com demanda crescente por aço;
  • Reformas trabalhistas e ambientais que podem impor custos adicionais para operações brasileiras no país;
  • Renovação de contratos de distribuição entre CSN e parceiros locais, impactando volumes e margens.

Além disso, o plano estratégico da CSN poderá incluir:

  • Investimentos em centros logísticos próprios no Brasil para redução de custos de transporte;
  • Parcerias com montadoras instaladas no país para fornecimento customizado de aço galvanizado;
  • Melhor aproveitamento sinérgico da cadeia de minério de ferro e aço em mercados latino-americanos.

No campo regulatório, o monitoramento da relação bilateral México - Brasil no contexto do Mercosul e do USMCA (acordo norte-americano com o México e Canadá) também será determinante para avaliar barreiras comerciais e oportunidades tarifárias para a CSN.

Com relação ao desempenho no mercado de capitais, espera-se que analistas ajustem suas projeções de fluxo de caixa conforme a CSN divulgue novos guidances para a expansão na América do Norte.

Para o investidor, os marcos do primeiro semestre de 2026 — especialmente no final do 1º trimestre e início do 2º trimestre — deverão trazer informações-chave via resultados trimestrais (1T26) e assembleias de acionistas que possam revelar novos investimentos e aquisições estratégicas.

"O principal benefício das ações é participar do sucesso de grandes empresas, mas o investidor deve estar disposto a aceitar o risco de mercado: quanto maior o potencial de ganho, maior a possibilidade de enfrentar períodos de perdas temporárias ou permanentes."

"O principal benefício das ações é participar do sucesso de grandes empresas, mas o investidor deve estar disposto a aceitar o risco de mercado: quanto maior o potencial de ganho, maior a possibilidade de enfrentar períodos de perdas temporárias ou permanentes."

Riscos e observações futuras para CSNA3

Embora o cenário de médio prazo no Brasil seja positivo para a CSN, há riscos estruturais e conjunturais que devem ser considerados por investidores para 2026 e além.

Entre os principais riscos para a operação mexicana da CSN destacam-se:

  • Variações cambiais entre o real, peso mexicano e dólar norte-americano, que afetam receitas, custos e margens;
  • Saturação parcial do mercado com entrada de novos players, incluindo investimentos de siderúrgicas japonesas e norte-americanas no Brasil;
  • Custos ambientais relacionados a novos padrões de emissões e pegada ecológica no processo produtivo de aço exportado;
  • Risco político associado à nova administração mexicana, com potencial protecionista ou reformador com impactos sobre a importação de insumos.

Outra fonte de instabilidade se dá por meio da possível volatilidade no preço do minério de ferro. Em 2025, o valor do insumo retomou boas cotações, mas analistas destacam pressões da desaceleração chinesa e da maior diversificação de fornecedores globais.

Ainda dentro da fronteira de riscos corporativos, a CSN passa por desafios internos de endividamento relevante — a alavancagem financeira permanece um ponto de atenção recorrente nos relatórios de análise fundamentalista, bem como o investimento em expansões fora do país e a execução operacional em novos mercados.

No plano institucional, atentos ao ranking de governança corporativa brasileiro, investidores internacionais seguem cobrando maior rigor nos processos de transparência da CSN, principalmente quanto às suas operações no exterior.

Em resumo, o desempenho da ação CSNA3 em 2026 dependerá não apenas da manutenção dos bons ventos do nearshoring e demanda industrial mexicana, mas de uma resposta eficaz da companhia a desafios emergentes financeiros, regulatórios e ambientais.

Para aqueles que mantêm posições de longo prazo na CSNA3, vale monitorar trimestralmente os comunicados ao mercado divulgados pela empresa, bem como os relatórios setoriais sobre a demanda de aço na América do Norte e variações na balança comercial entre Brasil e México.

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